Amazonia Viva ! Tapajos Vivo !
Passei o mês de fevereiro no Estado do Pará, na Amazônia Oriental do Brasil. De lá trouxe aprendizados e também um novo relacionamento com uma parte da nossa amada Mãe Terra que é a profunda, mística e transformadora Amazônia verde. Na Amazônia, com o calor, a água e a umidade senti na barriga da Mae (mãe), como num perpétuo ceremonail de emoções e espanto. Amazônia eu gosto de você. Se eu amo uma vez, amo para sempre.
Na Amazônia, as nuvens. Essa é uma frase completa. As pessoas os chamam de “Rio Flutuante”. Esses rios carregam tanta água e evaporação que as nuvens e aguaceiros são espetaculares. Desde o meu regresso aqui aos Montanas Apalaches no Canada, vejo as nuvens de forma diferente, vejo-as em toda a sua magnificência e na sua importância para os nossos solos, peixes, riachos... Também as vejo no seu papel interligado, sistémico e organizado no todo maior.
Para quem me conhece um pouco, também sou ativista pela Vida desde muito jovem. Não poderia passar pela Amazônia sem me conectar com os humanos que dão sua energia vital para proteger a Mão que os nutre; a floresta e a água. Graças ao mia amiga Mariejo Béliveau conheci Edilberto Moura Sena, padre franciscano aposentado, verdadeiro unificador, activista e amante desta floresta onde cresceu. Mais comprometido do que nunca, ele é muito apreciado pelos povos indígenas, tradicionais e comunitários…menos apreciado pelo agronegócio! Aqui está a entrevista de 25 minutos em inglês, uma vitrine da vida deste homem generoso e corajoso. Edilberto explica como a ingenuidade consciente e voluntária pode ser um componente importante para manter a esperança; permanecer a serviço da Vida apesar das destruições, das perdas, das batalhas constantes. A ingenuidade permite que você mantenha a confiança de que cada passo dá; cuidar, oferecer amor a um ente querido e a uma árvore, é um passo que vale a pena dar e que conta na grande Organização da Vida. A ingenuidade nos permite ter empatia, dar a chance ao corredor ao humano que faz escolhas autodestrutivas, a chance de poder florescer sem destruir, a chance de ajudar o próximo. Entrevista com Edilberto Sena: Ingenuidade e Coragem - INGLES
Na entrevista ele também fala sobre como proteger a Amazônia. Atualmente, um projeto do “Trem de Grão-Ferrogrão” para transportar soja transgênica do centro do Brasil para os portos da Amazônia está sendo promovido pelo agronegócio colonizador do Brasil. Mais uma vez a fauna, a flora e os povos tradicionais e indígenas que vivem nestes territórios são ameaçados por um novo projeto de desmatamento e invasão...para transportar culturas transgênicas que são poluentes e prejudiciais à saúde...para enriquecer aqueles que já têm o suficiente.Fotos do congresso de proteção da bacia do Rio Tapajós contra o Ferrograo
A Associação Tapajos Vivo (o Tapajos, um enorme e magnífico afluente do Rio Amazonas), em colaboração com centenas de grupos indígenas, agricultores e ONGs nacionais e internacionais, está se mobilizando para impedir outro projeto que dividiria ainda mais o território. Para assinar AQUI a petição contra este projeto e também estou fazendo arrecadação direta de fundos. Voce pode contactar diretamente os organizadores do Tapajos Vivo para fazer uma pequena-grande contribuição concreta para o Tapajos Vivo.
Cantando seu amor pelo seu ambiente
Na Amazônia minha família se conectou com a Música que fala do seu território. As notas que traduzem as palavras de peixes e formigas. Essas mulheres indigenas Borari de Alter do Chão cantam e dançam seu amor… dão outra voz para declarar sua relação com o território. Eles são Guerreiros; “Cuidado, meu tambor está tocando muito alto!” Desde então tenho sonhado com canções sobre lugares de meu meio ambiente perto; os Appalaches, o Rio Etchemin, o Magtogoek, o Nitaskinan (graças aos nativos que já fazem isso há muito tempo!)
Clique aqui - Surara Guerreiras do Tapajós
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